[resenha de livro] A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón

Nesta semana eu li, de novo, A Sombra do Vento.



A Sombra do Vento é uma das obras mais incríveis que eu já tive o prazer de ler na vida. É um livro simplesmente fantástico. Sabe aquele livro que você termina de ler e fica a semana inteira pensando na história? É esse. E o que faz a história ser tão fascinante? Tudo. Os personagens, o enredo (uma mistura perfeita de humor, aventura, suspense, romance), os cenários - as descrições são tão profundas que você pode nunca ter ido a Barcelona (como é o meu caso) e você consegue ver-se na cidade - enfim, é impressionante. 

Nem vou me aprofundar muito na história pois, roubando uma frase do próprio livro, seria como "descrever uma catedral como um monte de pedra que termina em ponta". A história contém vários personagens aleatórios que se unem de forma magistral de modo que você levantará e gritará "PUTA QUE LO PARIU NÃO CREIO". São várias coincidências (no mínimo umas cinco), vários fatores sem o quais o enredo não faria sentido. Fazendo uma analogia, é como se cada personagem fosse um ponto numa folha e aí o autor pega um fato que une todos esses personagens criando um desenho fodástico (a comparação foi podre mas é bem isso mesmo, acredite). 


Roubando a introdução do próprio, o livro conta a história de Daniel Sempere, um garoto de dez anos que descobre que não lembra-se mais do rosto da sua falecida mãe. Para consolá-lo, seu pai o leva até o Cemitério dos Livros Esquecidos, uma biblioteca secreta que funciona como um depósito para todas as obras abandonadas pelo mundo à espera de que alguém as descubra. Encorajado pelo pai a escolher um volume na labiríntica biblioteca, Daniel fica fascinado pelo romance "A Sombra do Vento", de Julián Carax. Obcecado, empreende uma busca pelas outras obras do autor e, para sua surpresa, descobre que alguém vem destruindo sistematicamente os exemplares de todos os livros que este já escreveu. Na verdade, o livro que Daniel tem em mãos pode ser o último exemplar existente - o que acabará por colocar sua vida em risco.


Ruiz Zafón tem um modo próprio de escrever. eu já li outros livros do autor e o estilo é bem parecido com A Sombra do Vento. Acho que são as descrições, o teor misterioso, o fato é que você identificará uma obra "ruizafónica" nas cinco primeiras páginas. Virei fã do cara.



O livro é bastante bipolar. Em alguns momentos você dará muitas risadas, em outros, ficará bastante mal por causa do tom dramático, mas enfim, o livro é foda, não tem uma palavra pra descrevê-lo melhor. O que você tá esperando? Vai logo lê-lo, será um dos melhores que você lerá na vida, eu prometo.

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